Informação Adicional:
BMJ 2008 May 17; 336(7653): 1085-6
No Reino Unido está a haver pressões para se adoptar o “screening” universal a todos os doentes internados no hospital como forma de reduzir as infecções por MRSA. Esta medida que não está validada (não está demonstrado de que realmente reduz o número de infecções) não está a ser bem aceite pelos hospitais devido aos custos e consumo de tempo dos profissionais. O artigo que analisamos vem comprovar que há medidas mais eficazes do que o rastreio.
Com esta intervenção, entre Junho de 2007 e Março de 2008, o número total de episódios de bacteriémia por MRSA baixou de 56 nos 10 meses anteriores para 32 (menos 42,9%). Durante esse período não houve alteração nas políticas de rastreio selectivo para MRSA nos doentes de risco. Os autores concluíram que as recomendações governamentais no Reino Unido de se fazer o rastreio de todos os doentes admitidos iria gastar muito dinheiro e não iriam afectar grandemente as taxas de bacteraemia por MRSA.
Comentário:
Podemos concluir que, não é o rastreio, mesmo precoce, que vai diminuir as infecções porque enquanto não vem o resultado, já há mais do que tempo para a transmissão cruzada. O que é realmente importante é investir o dinheiro na implementação de medidas de prevenção, neste caso assegurar as boas práticas na colocação, manutenção e remoção dos cateteres.
Comentado por:
Elaine Pina